segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Apaixonado Pela Noite




















Pela janela de seu pensamento, o menino olhava a noite
Espantava-se de ver tão vaga e límpida imobilidade
A noite que escondia, a vida no seio de uma estrela,
de uma forma magica e irreal
Com seu sorriso estrelado...
ele simplesmente a amava,
passava horas acordado, sentindo seu cheiro, e seus mistérios...
Se pudesse ao menos toca - lá
se sentiria completo ...
Quando ela chegava, era quando ele acordava
e a cidade adormecia ...
ele andava pelas ruas escuras
e aquela sensação era inigualável...
Era nela que ele poderia esconder seus medos e desejos...
Sua experiências, e sonhos ...
Sonhar?!!! ele sonhava acordado, junto a ela
Deitava sobre a calçada, e admirava o céu,
como num bailado erótico, em um cenário
de astros mudos ...
Estrelas que em sua visão
Formavam milhões de luzes, desenhando um rosto feliz
passava horas ali, deitado fascinado por aquele sorriso,
jamais encontrado...
Como num canto longínquo -triste e lento-
Lembrando de um sábado passado,
Bem me lembrava das altas ruazinhas,que ambos percorremos de mãos dadas
e que tu que caminha-vás com prazer,
a lua dava pequenas e tremulas brancuras
Você ficava sozinho com o universo inteiro
em um desejo de não ser recluso.
Podia ouvir ansiosamente os ruídos da rua
num êxtase, ouvia a serenidade idílica da escuridão.
mas do alto de sua imaginação, via a luz do dia percorrendo seus pensamentos...
A luz era imediata realidade,
para ele além da realidade imediata não havia nada.
Lentamente ele se levantava, aproveitando cada segundo
da noite passada, namorando aquele luar...
Na noite em que não dormia, e o sossego lhe cercava
era como a verdade que não partilhava,
Todas as noites, se sentia igual os desconhecidos
A qual não se via, naquela enorme escuridão,
apenas ele estendido no chão..
uma imagem do repouso inalterável
e do esquecimento incontrolável...
E em meio de toda névoa, surgia a luz
e ele se perguntava: por que nasce mais um dia?
Que agonia...
sua consciência, voltava junto aquela aurora
levando tudo embora.
Sonolentamente escutando ao longe,
um pássaro cantar.
Com pálpebras roxas e pesadas,
ainda podia ver, nos teus olhos
suavidade e frieza, rumor do vento,
velas ardendo, guitarras, soluços e rezas...
e ele devagar ia morrendo.
E em teu rosto moreninho,
que achei formoso...
e teu corpo gracioso
estava todo coberto de luto ...
E antes que suas pálpebras tombassem
Sobre os olhos cansados, e carinhosos,
Via a noite subindo, não impedindo
que seus olhos tristes fechassem.
A noite suavemente subia
e nos teus braços deitado
Até sonhei que morria.
No final da noite,
Era Dia ....